Cartaz: Sobre fundo preto, diversas setas nas cores azul, vermelho, amarelo e cinza, de tamanhos e espessuras diferentes que apontam em várias direções. No centro, o título, “História da poesia visual brasileira”, em branco, com letras totalmente preenchidas, exceto a letra “O” com um pontinho vazado no meio. À direita, em vermelho e na vertical “01 jun a 25 de jul 2016”. Abaixo uma seta azul com a vareta larga, sobre ela, em letras azuis, “Mamam, Recife, PE” e abaixo, “Rua da Aurora, 265”. No canto inferior direito, carimbo amarelo de mão com dedo indicador em riste apontando para a esquerda. A moldura branca e fina é mais larga na parte inferior onde estão os créditos em preto: ”realização” marcas da Tangram Cultural e do arquivo Paulo Bruscky, “Patrocínio” marcas do Funcultura, da Secretaria de Cultura e do Governo do Estado de Pernambuco, “Apoio”, marcas do Mamam, da prefeitura do Recife, da Cepe e da COM Acessibilidade Comunicacional.
História da Poesia Visual Brasileira
O Recife receberá a primeira exposição coletiva que traça um panorama da poesia de vanguarda produzida no Brasil no século XX e tudo o que foi produzido em Pernambuco na área da poesia visual experimental/sonora desde o século XVII. Movimentos artísticos como a Arte Correio, Poesia Concreta, Poesia Práxis, Poema/Processo, Poesia visual/experimental e Poesia sonora estarão representados na História da Poesia Visual Brasileira, realizada no MAMAM, que terá curadoria do artista plástico pernambucano Paulo Bruscky, consagrado internacionalmente como representante desta vertente da arte moderna.
Sobre a audiodescrição da História da poesia Visual Brasileira
Tornar a exposição História da Poesia Visual Brasileira acessível às pessoas com deficiência visual é uma tarefa instigante e quase irônica. A aproximação do público cego ou com baixa visão se dará, prioritariamente, por meio da audiodescrição e, em alguns momentos, pelo Braille, durante a visita guiada. Na audiodescrição, a visão não é propriedade exclusiva do olho, ela migra para os outros sentidos. A imagem é transformada em palavras. Como transformar poesia visual em palavras? Para traduzir essa história gigantesca que Paulo e Yuri Bruscky nos contam foi preciso, além da técnica e do planejamento, um pouco de insanidade, de ousadia, de liberdade, de improviso, de criatividade, de insônia, de determinação, de medo, de incerteza, de poesia, de desejo e da crença de que a audiodescrição traz significado, transforma.
A expografia de Raiza Bruscky determinou as escolhas tradutórias. Foram selecionadas, além das obras raras, as que mais interpelam a visão. Nos momentos de poesia sonora, os que enxergam ou não têm a mesma experiência. O desafio aqui será descolar da cognição, fazer com que a audiodescrição se apresente distante da descrição, permitindo que a sensação desencadeada pela poesia visual aconteça.
Se você conhece uma pessoa com deficiência visual, avise!
Áudio sobre a exposição.