Convite para o Espetáculo NÓ da Cia de Dança Déborah Colker que será apresentado com audiodescrição no dia 19 de julho às 21h no Teatro Guararapes, Centro de Convenções.
Audiodescrição: Cinema Falado Produções
Coordenação: Graciela Pozzobon
Audiodescrição no Recife: Liliana Tavares e Silvia Albuquerque
Pessoas com deficiência visual podem reservar o ingresso até o dia 18/07 enviando mensagem com o nome completo para: 996063464.
SOBRE NÓ:
Nó é um espetáculo de dança contemporânea sem nenhum conteúdo falado. Enquanto ouvimos a trilha sonora do espetáculo os bailarinos realizam a coreografia. Bailarinos amarrados com cordas, corpos que se aprisionam e se libertam, movimentos inspirados em um cavalo, dançarinos entrelaçados, uma mulher presa pelos cabelos. Em seu sétimo espetáculo, Nó, a coreógrafa Deborah Colker transforma em dança um tema demasiado humano: o desejo. O espetáculo, que estreou mundialmente no Tanzfestival Movimentos, em Wolfsburg, Alemanha, traz os elementos que tornaram a companhia um fenômeno de comunicação com o público – o virtuosismo coreográfico, a precisão e o vigor dos bailarinos, a exploração e a ocupação de novos espaços cênicos –, mas está impregnado de novidades. Vestindo figurinos do estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch, os bailarinos fazem de Nó um espetáculo ao mesmo tempo violento e delicado, brusco e sensível, chocante e amoroso, onde a dramaturgia se torna evidente. No primeiro ato, eles se movimentam em meio a um emaranhado de 120 cordas. Cordas que dão nós e que simbolizam os laços afetivos que nos amarram. Cordas que servem para aprisionar, para puxar, para ligar, para libertar. Numa companhia marcada pela disciplina, foram necessários meses de treinamento exaustivo para lidar com o acaso das cordas, já que a cada dia os movimentos saíam diferentes. No segundo ato, saem as cordas e o palco é ocupado por uma caixa transparente de 2,5 x 2,5 metros, uma criação do cenógrafo Gringo Cardia. A inspiração veio de uma viagem que Deborah fez a Amsterdã, Holanda, onde visitou o Red Light District (Bairro da Luz Vermelha), em que garotas de programa se expõem em vitrines nas fachadas das casas. Neste aquário gigante, feito de alumínio e policarbonato – material usado na blindagem de carros –, os bailarinos se enlaçam, se atraem e se repulsam, se atam e se desatam. É uma metáfora do desejo, daquilo que se quer, mas não se pode pegar, daquilo que se vê, mas não se pode ter, daquilo que se ambiciona, mas não se pode realizar. Ao fundo, a voz de Elizeth Cardoso em Preciso aprender a ser só, ilustra a solidão daquelas mulheres e de seus “clientes”. Os bailarinos equilibram técnica clássica e contemporânea em movimentos delicados e brutais.
Até lá!